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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Doença Arterial Coronariana - Parte 2


            Grande parte dos estudos realizados até hoje sugerem que a atividade física reduz a incidência de doença coronariana aterosclerótica. No entanto, um estilo de vida atlético por si só não basta para o não desenvolvimento de aterosclerose coronariana.
            Um grande avanço no conhecimento das doenças coronarianas ateroscleróticas é que eventos agudos ocorrem mesmo em artérias sem estenose crítica prévia. Ruptura da placa aterosclerótica e erosão em segmentos de coronárias com lesões leves e moderadas podem levar a oclusão aguda e consequentemente a infarto agudo do miocárdio.
            Apesar do exercício físico ser um fator protetor em relação a doenças cardiovasculares a longo prazo, paradoxalmente, o estímulo causado pela atividade física pode causar a lesão da placa.
            No entanto, o diagnóstico de doença coronariana em atletas e prevenção de complicações relacionadas ao exercício é um desafio para a medicina. Isso ocorre, pois, grande parte dos indivíduos são assintomáticos antes de um evento agudo. São critérios diagnósticos:
  • 1.     história do infarto de miocárdio confirmado por critérios diagnósticos convencionais (padrão da dor e duração, ECG e enzimas cardíacas),
  • 2.     história sugestiva de angina, com evidência objetiva de isquemia induzida,
  • 3.     aterosclerose coronariana de qualquer grau demonstrada por estudos de imagem, como angiografia, ressonância magnética ou tomografia.

Pensando nisso, os atletas devem ser avaliados como a população geral em relação aos fatores de risco para aterosclerose como hipertensão, diabetes, dislipidemia, tabagismo, uso de drogas e história familiar de doença coronariana. É importante perguntar ao atleta sobre dor ou desconforto torácico, possíveis sintomas de isquemia e instruir a procurar serviço de emergência se esses sintomas aparecerem.

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