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sábado, 14 de maio de 2011

Coração de Atleta


            Para entender melhor as causas de morte súbita em atletas precisamos conhecer um pouco melhor as modificações do sistema cardiovascular adquiridas através do treinamento. O exercício planejado de alta intensidade, seja ele de resistência aeróbica ou de força, leva o sistema cardiovascular a adaptações funcionais e estruturais também conhecidas como “Coração de Atleta”.
            O treinamento físico regular leva o atleta a aumentar sua capacidade aeróbica e no consumo de oxigênio do músculo esquelético. Consequentemente o aumento do tônus parassimpático diminui a frequência cardíaca e reduz o débito cardíaco no repouso. Mesmo o aumento gradual da frequência cardíaca diminui em relação ao indivíduo não treinado. Consequentemente o enchimento diastólico e o volume sistólico aumentam, levando a um aumento do débito cardíaco e do pico de consumo de oxigênio.
            Após algumas semanas de treinamento intenso pode ocorrer modificações estruturais do coração com desenvolvimento de hipertrofia miocárdica. O músculo cardíaco pode aumentar até 7g por kg de peso corporal. O limite superior da hipertrofia fisiológica é calculada entre 160 a 170 g/m2 medido por ecocardiograma pela fórmula de Devereux.
            Atletas de endurance mostram hipertrofia excêntrica dos ventrículos, atletas que realizam treino de força podem desenvolver hipertrofia concêntrica. Pode ocorrer aumento moderado do diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo, aumento da espessura do septo interventricular e parede posterior.

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