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terça-feira, 28 de junho de 2011

Broncoespasmo Induzido Pelo Exercício (BIE)


            O exercício é um dos grandes responsáveis pelo broncoespasmo em asmáticos crônicos. No entanto, a terminologia Broncoespasmo Induzido Pelo Esforço relata casos de broncoespasmo em pessoas com ou sem asma. Podemos chamar de BIE todo broncoespasmo ou crise asmática desencadeada pelo exercício em doentes crônicos ou não asmáticos.
            Parece existir uma maior prevalência em atletas em relação a população normal. Ainda não existe um consenso em relação a patogênese da doença, mas, a teoria mais aceita é a do aumento de osmolaridade secundária a hiperventilação. O aumento da prevalência da doença pode acontecer no inverno, quando o ar está frio e seco.
            O diagnóstico deve ser confirmado através de testes diagnósticos. Dentre os mais utilizados estão o teste de broncoprovocação de manitol ou espirometria após exercício em campo ou laboratório, hiperventilação voluntária eucapnica. Sendo que os testes com espirometria são considerados positivos se FEV1 diminuir 10% ou mais da linha de base.
            Quanto ao tratamento, o uso de broncodilatador antes do exercício é o método mais utilizado, no entanto, o uso de montelucaste tem demonstrado melhora do quadro sozinho ou em associação com beta agonista. A realização de aquecimento vigoroso antes das competições demonstrou efeito protetor.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Creatina


            A creatina é o suplemento mais popular entre atletas, principalmente, após 1992, quando foi utiizado em grande escala por velocistas e saltadores americanos e ingleses.
            A suplementação de creatina associado com treinamento de força promove aumento de massa magra, aumento de força maxima e levantamento de peso.
            Efeitos colaterais mais comuns são intolerância gástrica, dependendo da dose a ser utilizada. Contrariando o mito criado, não foi comprovada a associação entre creatina e lesão renal.
            Existem duas maneiras clássicas de se suplementar, a primeira é realizando o “loading”, inicia-se com 20 g/dia por 5 a 7 dias então utiliza-se a dose de manutenção de 3 a 5 g/dia, muito utilizada quando o atleta tem pouco tempo para a competição. Pode-se administrar apenas a dose de manutenção 3 a 5 g/dia, nesse caso os níveis musculares de creatina irão demorar mais tempo para atingir o esperado para melhora de performance.
            De maneira geral, a creatina não é utilizada por atletas de “endurance”, pois, não existem evidências de melhora de performance em tais modalidades. Porém, atletas competindo em provas de curta duração e saltos tem benefício comprovado. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Proteína e Exercício


            A recomendação diária de ingesta de proteína é de 0,8 – 1,2 g/kg/dia pela população comum. Em geral, essa quantia de proteína diária é facilmente atingida através da alimentação ocidental, com ingesta de leite e seus derivados, carnes e ovos.
            No entanto, existe recomendações específicas para atletas sugeridas por três entidades: American College of Sports Medicine, American Dietetic Association e Dietitians of Canada. As recomendações diárias de proteína tanto em atletas de força como em atletas de endurance é de 1,2 -1,7 g/kg/dia. Valores que podem ser alcançados pela dieta, sem necessidade de suplementação.
            Além da ingesta de proteína, ingesta calórica adequada é importante para manutenção do peso corpóreo, aumento de massa magra, otimização do uso proteico e melhora de performance, associados ao treinamento e repouco adequados.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Consumo de Carboidratos Antes de Treinos e Refeições


            O consumo de dieta rica em carboidratos durante os treinos (> 60% do total de energia consumida) e uma semana antes das competições resultam em aumento das concentrações de glicogênio muscular e/ou melhora significante na performance atlética.
            Do mesmo modo, as refeições pré-exercício não devem deixar o indivíduo com fome ou mesmo com sensação de comida não digerida. As recomendações incluem ingesta de líquidos para manutenção do estado de hidratação normal, alimentação deve ser relativamente pobre em gordura e fibras para facilitar esvaziamento gástrico e minimzar o desconforto gástrico, rica em carboidratos para manutenção da glicemia e maximizar os estoques de glicogênio, moderada em proteína. Além disso, alguns detalhes como oferecer alimentos aos quais o atleta está familiarizado é de fundamental importância.
            Dietas de 200 a 300 g de carboidratos por refeição consumida 3 a 4 horas antes do exercício mostraram melhora na performance.
            Novamente, é importante relatar que toda dieta deve ser individualizada de acordo com a necessidade de cada atleta e até mesmo se o mesmo pode desenvolver desconforto gástrico. Toda dieta deve ser testada nos treinos, antes de ser adotada em competições.